Não quero ser famosa
Gosto do meu canto, dos meus amigos, da minha família. Gosto de uma boa conversa regada com caracóis e imperiais. Gosto de tirar fotografias, de editá-las e de publicá-las no Facebook ou no Instagram, independentemente dos "likes" que tenham. Gosto da liberdade, do chinelo no dedo e um bikini, com o mar ao longe. Sem nada que me prenda, sem pressões, sem justificações. Por isso, não me consigo envolver neste blog a tempo inteiro. Tenho uma profissão que ocupa quase 12 horas do dia, um marido e uma filha espetaculares. A minha prioridade é o nosso bem estar. Gosto muito da cidade de Lisboa, mas por vezes penso no stress que ela me causa. Não sou de cá, sou de uma vila pacata entre o Porto e Aveiro. Vim para Lisboa em 2009, porque fiquei colocada numa escola em Oeiras. Nunca mais saí daqui. Lá está, criei laços: conheci o meu marido e tivemos uma filha. Estive desempregada esporadicamente, nunca mais conseguindo colocação numa escola pública (também só concorro para a Grande Lisboa). Trabalhei em tudo o que vocês possam imaginar, mas nada me dá mais gozo do que ensinar. Detesto políticos, mas gosto de política. Por isso, não tenho cunhas. Se hoje estou a dar formação no IEFP é porque realmente gostam da minha prestação. Não estou segura, mesmo assim. O meu ordenado é pago a recibos verdes: uma chatice! Tenho 30 e não quero chegar aos 40 anos de idade e ainda "estar" a recibos verdes. Atrofia-me a ideia.
Hoje, sentei-me ao computador e lembrei-me do "meu" blog. Decidi partilhar convosco que não quero fama, mas sim continuar a ser feliz, lutando.
Alguém se identifica com esta "pequena" história? (muito resumida...)
Beijinhos!